Percorremos caminhos sem os ver realmente, observando pelo gosto do tacto as centrifugações hirtas que desconfiguram os seres parafraseados que são os viajantes.
Viajar é morrer neste sítio e esperar que se possa nascer num prado verde deslumbrando uma ténue linha de horizonte banhada pelo azul tépido que outrora foi nosso, nada é meu.
Nascer pela força parideira de um suspiro, vagando as ervas de espaço e controcendo a existência do vacuo da morte, viver, respirar, sentir cada grão de terra veranear-se do nosso corpo e sair da terra. Ir ao sol, ir ao sonho, ir a Deus, sem sair do momentâneo bafo de 100 anos de existência.
Acordarei num prado verde, acompanhado do eu que não encontro, sonhando um dia voltar rumo ao lugar onde não se pertence.
Viajar é morrer para nascer. Ousemos.