Se eu ficar, serei sombra, traço morto, rasto mais negro, pedra mais escura, então vou, a passo pesado, para onde o mar acaba, onde o sonho é miragem e o horizonte casa. Há um trago doce das memórias, tudo o que levo às costas, adeus, não ficaram lágrimas por visitar, sabemos que do outro lado do mundo haverá sempre o tempo dos heróis, das muralhas, onde se conquistaram terras férteis e onde o sol brilhou de noite. Hoje não. Hoje não. Hoje não.
E no fim, teremos sempre. Sempre, a palavra. Sempre, o verbo. Não sei que ficará senão os sempre que deixamos no ar, as mãos que se tocaram e os olhos tocos que se refletiam em cada um.
Quando me quiseres encontrar, perde-te porque eu não sei onde estou!
Aqui diz-se quando ninguém deixa. Aqui manda-se vir sem os gajos ricos deixarem. Aqui fala-se... E fala-se... Por ser isso que nos mantém vivos
Balelas (ou não) da Rua
Nem tanto ao Mar, nem tanto à Terra
sábado, 30 de agosto de 2014
terça-feira, 26 de agosto de 2014
Toque
Toda a ação dirigida e o alvo ininterrupto da vida humana, o circunflexo imperfeito da sua atuação crente e descrente, de todos aquilo que conhecem na despedida os restos preciosos do tempo. A ausência traz em si o sabor amargo da esperança, as esporas intermináveis da nostalgia, Não saber que há maneiras de não sentir, ninguém sabe, tenho os olhos abertos para as estrelas e mesmo assim não vejo o norte, O caminho é aquele que vejo contigo. Talvez nunca mais. Talvez para sempre. O talvez dos fracos indecisos. Fumo. A pequena chama que se consome a si própria, inalo, respiro, estou vivo, não sinto, tremo, Volta e vê me como quiseres.
E vai e vem, e troca e corre e o céu sabe que tudo vale, não importa como, não importa quem, as palavras são pequenas para a prosa dos corpos, o mundo esta louco, as pessoas não sabem, as pessoas só sentem, não há grandes vitórias mas épicas quedas, do império so o resto moribundo dos livros de memórias e dos cadáveres apodrecidos numa jaula qualquer humanistica. O mundo vai mau, o céu não se ergue, o fumo não para e tudo vale para valer por tudo. No meio disto, saímos pelas pontas que o nosso caminho já se faz pelos nossos pés.
Uma noite, no escuro, quando o mundo estiver frio irei encontrar te numa esquina qualquer, com o brilho qualquer, sem ideia talvez, contigo, saberei aí que não há nada mais além, so o fim do mundo no infinito do tempo.
E vai e vem, e troca e corre e o céu sabe que tudo vale, não importa como, não importa quem, as palavras são pequenas para a prosa dos corpos, o mundo esta louco, as pessoas não sabem, as pessoas só sentem, não há grandes vitórias mas épicas quedas, do império so o resto moribundo dos livros de memórias e dos cadáveres apodrecidos numa jaula qualquer humanistica. O mundo vai mau, o céu não se ergue, o fumo não para e tudo vale para valer por tudo. No meio disto, saímos pelas pontas que o nosso caminho já se faz pelos nossos pés.
Uma noite, no escuro, quando o mundo estiver frio irei encontrar te numa esquina qualquer, com o brilho qualquer, sem ideia talvez, contigo, saberei aí que não há nada mais além, so o fim do mundo no infinito do tempo.
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