Ambos se cruzaram, os dela de tão límpidos que emanavam pureza por todas as que suam nos oceanos, os dele que suspiravam cansaços de já não querer mais querer. Sentaram-se sem palavras, o silêncio dizia tudo, nada dizia tanto como o silêncio, empleno bairro, à beira do oceano inteiro, pelos rochedos do mundo e os pastos da terra, aqueles olhos olhavam-se de magia e quedavam-se por um instante de horas fixados na mórbida ideia de nunca se puderem fundir, não era demais, não era demasiado pouco, nada é pouco a não ser que não quereamos e tão pouco pode ser demais se não o desejarmos, a vida são proporções.
O tempo olhava-os de ralance através do seu manto negro de memória, o esquecimento de não nos lembrarmos de ser o futuro, o que somos é isto mesmo, se é real, se o criamos, se é falso, se é verdadeiro, é nosso e foi isso que fomos e será o que erguerá de novo a ruína dos heróicos passados.
Não sombra, não mais, somos paridos pelo bafo dos heróicos passados e esquecemos que sem nós o passado morre, o Tempo olha-nos uma última vez pelos seus olhos pretos de completa paixão por si mesmo, Mostrem-se mortais, e eles quedaram-se uma última vez à instância de 2 toques, e o Tempo parou porque o futuro era deles e nele o Tempo é eterno.
Se souberes manter o tempo vivo para sempre, matando agora as nesgas que lhe sobram, vais ser mais, vais ser melhor, serás Rei, serás Rainha dos reinos de aquém e além dor, se for demais....
Quem sabe, o tempo tem apenas o tempo que nós queremos que o tempo tenha