Balelas (ou não) da Rua

Nem tanto ao Mar, nem tanto à Terra

sábado, 3 de novembro de 2012

Seja quem fores, não mudes quem um dia poderás vir a ser.
Enquanto fores fiel a ti mesmo, poderás ser fiel ao teu futuro.
Aprender a cair é só um passo para te poderes levantar.
Aprende a acordar com os olhos num espelho que te traga felicidade.

Acredita que podes ser o que quiseres, enquanto acreditares que tu és quem queres ser, a verdadeira essência está no sentido que dás a ti mesmo.

Be true, be real!

Algures Além Mar

Nalgum sítio além do mar, onde não se avistam prédios, nem carros, nem barulhos exaltados de multidões, onde as pessoas são gente e o mar é água, num pequeno passo para lá da chuva, onde ninguém se molha sem querer, onde ninguém cai sem se levantar, existe um pequeno mundo onde eu poderia estar.

Algures além do oceano, bem no alto, na terra onde os sonhos são reais, a terra que nos cantam ao ouvido em crianças, algures lá, longe dos arco-iris, o céu é azul, sempre azul, e os sonhos são nuvens na distância do solo.

Um dia, o desejo, nas estrelas bem altas.
Um dia, os problemas serão gotas nas chaminés, os pássaros multidões, os rios casas onde me posso deitar.

Algures Além Mar, além da chuva, onde os pássaros voam de longe, onde as pessoas olham o céu.

Algures Além do Mar, será sempre o sítio onde me podereis encontrar.

Afinal porque não?, a realidade é a concretização dos sonhos mais recônditos, na distância da coragem de os cometer.

Por uma Vez

Por uma vez na vida ter na distância do sonho a necessidade de realidade, por uma vez sem medo, atravessando os caminhos que a vida me der, sei que sou forte.
Poder tocar nos sonhos do coração, mesmo antes de partir, mesmo antes de nunca mais te ver, sentir o calor das tuas palavras e o seu toque suave nos meus ouvidos.
Por uma vez, as trevas não me poderão tocar, sei que estarás na viagem, sei que estarás cá

Por uma vez posso dizer que é meu e que só tu o podes levar, por uma vez ter no tempo a eternidade de estarmos sós.

Por uma vez sei que posso dizer

Que por uma vez tenho no silêncio todas as palavras que um dia te pude dizer.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Cansaço

A noite cai e cabeça pesa, com o turbilhão de mil comboio valsando em melodias inglórias numa mente já de si deturpada pela passadas hirtas de uma cidade oca. Não paramos, enquanto houver ar, enquanto subsitirem pernas que nos sustentem lutaremos por um futuro melhor. Enquanto nos olhos se espelhar a luz e a boca produzir sons, continuaremos altivos perante as maiores montanhas dos mais terríveis senhores.

Enquanto houver espaço, enquanto houver tempo, haverá luta por algo melhor

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Agradecer

Pelo espaço que percorremos e o silêncio que quebrámos, pelos sonhos tirados e os muito mais criados, pelo sangue que nos corre e pela falta que nos fazes, quero-te agradecer.
Sabes que a manhã perdeu o sabor doce o cheiro suave de um abraço e de um sorriso abertos?
Sabes que para mim sempre existes. Nas palavras certas que me dizes ao ouvido, pela coragem que me fazes ter, por estares colada a mim sem nada te pedir, quero te agradecer e estar sempre aqui.

Pelas palavras certas em que precisei de ti, pelo olhar cortante que me calou a dor, pela força sempre nova que me dás, por não deixares perder a força de sonhar, pelo pouco e pelo muito, agradeço te por seres assim.

Nesta noite de outono, por tudo e tanto, quero-te agradecer e imaginar-te sempre aqui, com o espaço nulo entre nós, pelo abraço junto até ao fim, pelo caminho e pela viagem.

Dá-me a força de saber sempre sonhar, de nunca perder o teu olhar.

Euphoria

Calma, Silêncio e espaço vazio, num leve odor a relva sucumbes à terra que nos viu crescer, vês o teu sorriso nos meus olhos.
Até que o vento, até que o tempo, termina a eternidade que nos era destinada. Esta noite, neste chuva, o silêncio da tua ausência é o espaço que respiro em ti.
Até ao fim do tempo sei que eu e tu temos o direito de cair em terra, de nos revirar na alma deste solo, de sermos um, por muitos espaços que nos sucumbem. Estamos sozinhos neste universo campestre, livres e atentos, caminhamos ao infinito, sempre mais, sempre maior até deus, até ao silêncio.

Euphoria, porque subimos, porque sabemos, porque juntos somos mais, porque juntos tornamos o minuto em espaço, criamos o silêncio na luz e a voz na escuridão, Porque juntos somos espaço e tempo, somos a altitude do sonho.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

O Café e o Fim do Mundo

Chove. Enquanto as gotas de água teimam insistentemente abraçar-me em pequenos toques de luxúria, eu ando pelas ruas de Lisboa, mesmo parado sinto que ando. Não sei se o destino que me cumpre é motivo suficiente para mover este corpo dormente pelas estradas que já tantos pisaram. Onde faltam estradas novas se todas nos levam aos sítios de antes?

O tempo entorpece, a chuva teima em não parar. Vejo rostos, fitando sombras que ninguém vê e rostos que ninguém toca. Esta empatia circula como o vento, afastando as almas para pólos de solidão.

Perante a chuva, afastados de todos, sentamo-nos. Parados. Inertes. Tropegos.
Enquanto esperamos pelo fim do mundo, bebamos café, juntos connosco, a sós com os outros.