Balelas (ou não) da Rua

Nem tanto ao Mar, nem tanto à Terra

domingo, 10 de março de 2013

Vai Valer a Pena


Partir na manhã, com o raiar do sol, ir para outras margens, começar de novo, eternamente novos, lúcidos, contando com os passos que nos tocam e os pássaros que nos ouvem, vai valer a pena.
Todas as lutas, todas as mossas, a sobrevivência ao fogo, o ter partido o vidro, o ter mudado a mesa e fechado a porta,
Pintar novas telas, com cores que conhecemos de sempre, esperando que pelas garras da manhã surjam novas formas dos fantasmas, sem as molduras que os carregam,
Perder o domínio da civilização e gritar ao vento que o fascínio da vida é longe dela,

Vai valer a pena, cada queda, cada toque de chão, cada golpe, cada fascínio,
Contar que o mundo é mais, mais longe, perder o esquecido e Ser

Ter o ontem para todos os amanhãs!