Sinto-me tentado a usurpar da sua opinião e conjurar um ritmo comum de necessidade que embora extrínseca se leveda na alma e se cospe pelos sentidos numa conjectura incessante de vozes ao silêncio.
Não no longe onde se aparta o barulho, onde as árvores crescem hirtas à força dos ventos do norte, onde o mar reluz o sol numa panóplia azul de tons infinitos, nossos, Não lá onde podemos não nos encontrar, onde não nos conseguiremos perder mais longe, não lá.
Não aqui, onde a cidade nos embraça que nem útero nefasto à propagação humana, veneno circundante de uma cidade morta de gente viva, em mero embaraço de actividades, no trânsito, no trabalho, correndo sem correr pois correr é desejar o infinito é querer estar noutro sítio, não noutra morte.
Sabemos então que não é no sítio onde nos virmos mas nos olhos onde nos perdemos que reside a tortura do infinito.
Aqui diz-se quando ninguém deixa. Aqui manda-se vir sem os gajos ricos deixarem. Aqui fala-se... E fala-se... Por ser isso que nos mantém vivos
Balelas (ou não) da Rua
Nem tanto ao Mar, nem tanto à Terra
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
domingo, 29 de setembro de 2013
Sou igual aos meus sentidos
Se a noite se me vê escuro, num genocídico breu de tempos que se repetem se se repetir, quando a noite não se inquieta e as manhãs não nos deixam ouvir, Não oiço o teu cansaço, não sei o teu sentir, perdi na aurora do infinito as ondas em que tu refletias o sorriso que me olhava de esperança. A noite gosta de mim....
Se pedir ao tempo e ao mundo autorização quiçá de viver mais longo de ser mais perto do que o já vivido, de voltar a novas manhãs, não as mesmas, se tudo isto fosse um grito, fecharia os olhos e veria o futuro novo lançado das mãos inocentes que se entrelaçam ao luar. A noite gosta de mim...
Se me sentar no chão da rua, limpidamente cinzento de pedra já usada, esperando que um dia te sentes também e que esse dia seja meu, seja teu, seja o agora, um instante repetido, o teu som com o meu, a tua alma na minha, o tempo igual ao espaço. A noite gosta de mim...
Esperemos pela manhã que a noite já se perdeu em silêncio.
Se pedir ao tempo e ao mundo autorização quiçá de viver mais longo de ser mais perto do que o já vivido, de voltar a novas manhãs, não as mesmas, se tudo isto fosse um grito, fecharia os olhos e veria o futuro novo lançado das mãos inocentes que se entrelaçam ao luar. A noite gosta de mim...
Se me sentar no chão da rua, limpidamente cinzento de pedra já usada, esperando que um dia te sentes também e que esse dia seja meu, seja teu, seja o agora, um instante repetido, o teu som com o meu, a tua alma na minha, o tempo igual ao espaço. A noite gosta de mim...
Esperemos pela manhã que a noite já se perdeu em silêncio.
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