A amargura de um sôfrego de um beijo no rosto amargurado da esperança, que já não a vemos mais, um simbil rasto de fumo branco nos resta na imensidão só da nossa dor, um vácuo de frio que nos aquece até nos juntarmos, não, a junção de dois corpos não é a fusão das almas, a vida é mais que um não claro à boca da morte, o tempo é mais que a ausência de nós, diz que sim, diz que não mas diz, a tua palavra é a chave de todos os muros e de todas as portas, por isso grita, diz a toda a gente o que entrou em jogo, diz ao mundo que jamais ousou ser quadrado a vontades mil, grita que a alma é fogo e o tempo é quente, e nós somos labaredas do destino, vazio, cheio, corrido e parado, dizer que sim, dizer que não, mas nunca parados, despedidas e cumprimentos, sortes e azares mas mais sempre mais, querer mais, querer pulsar os sonhos pelos jogos de ansiedades, jogar a última carta na primeira jogada, senão é tarde e tão tarde que nem o tempo é tempo e a morte já é sinal de vida, o que dizemos e o que sentimos são esfuziantes gritos da saudade que nunca nos deixamos ter, porque afinal nunca somos nós, nunca existimos além das linhas, além dos tempos, além das miragens de todos os desertos, mas fomos mais que um dia todos serão, fomos a atarde de todos os dias fomos a loucura de todas as manhas, fomos o sol de todas as luas, fomos tudo e tudo fui tão pouco,
A alma não toca a beleza do ser, extravasa-o