Depois acordar e fingir que isto somos nós, como se algo mais fôssemos senão silêncio.
Aqui diz-se quando ninguém deixa. Aqui manda-se vir sem os gajos ricos deixarem. Aqui fala-se... E fala-se... Por ser isso que nos mantém vivos
Balelas (ou não) da Rua
Nem tanto ao Mar, nem tanto à Terra
domingo, 2 de março de 2014
Maníaco
Sitiar Berlim, aterrar em Lisboa, beijar o mundo e queimar a pele, buscar o silêncio na multidão toda, saltar dos olhos de quem passa, sem se passar nada, buscar nos pulsos o nós atormentados das palavras, solicitar as tarifas do mundo no quichet dos viajantes e gozar licenças a quem licenças não tem que gozar, gritar na manhã o que se fez na noite e lembrar na aurora o que se esqueceu no prelúdio, rejeitar a saudade e todas as formas portuguesas de querer ter o que não se tem mais, cantar as músicas que ardem o capitalismo, gritar as palavras que derrubam comunismos e todas as formas de pensamento coletivo, como disse Soares, todo o pensamento coletivo é estúpido porque é coletivo, só os animais fazem bando, só as pessoas crescem sós.
Depois acordar e fingir que isto somos nós, como se algo mais fôssemos senão silêncio.
Depois acordar e fingir que isto somos nós, como se algo mais fôssemos senão silêncio.
Subscrever:
Mensagens (Atom)