Balelas (ou não) da Rua

Nem tanto ao Mar, nem tanto à Terra

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Deixa te ir, algo faz me sempre voltar a ti, nunca sabendo a muito, nunca enchendo os olhos, por muito longe, ainda te sinto na manha, que me agarras sem tocar, que ficas sem mudar, nada faz mais sentido que nos afogar,os no amanha e irmos, livres, sem cair, aqui estamos, altos, como e suposto estarmos, como so nos sabemos ser.
Não somos frágeis, não pensamos mas assim que o chão treme, que o vento passa e o mundo ameaça parar de girar, sabemos que, nada muda, tudo se transforma e que a nossa gravidade nos leva ao infinito do tempo, aqui, nada nos prende senão uma vontade de ficar, um toque segredo de quem sabe o que amar.

Falta

Hoje fazes mais falta, não sei se pelo tempo frio ou pela chuva pegada aos vidros do carro, desprendendo se devagar, cada gota sozinha deslizando pela borracha ate voar sem sentido, hoje fazes mais falta, não sei se por faltar o teu sorriso no espelho ou o meu nos teus olhos, não sei se desconfio da voz que de vez em quando falha quando a falta falha a mais, ou se pelo riso tímido que se ouve na distância.
Não to sei dizer.
Sei que de manha não te ver e por dias não te encontrar faz peso no corpo, faz nó na alma, sei que o mundo esta igual, as horas passam, a chuva cai, o rio beija o mar num pequeno travo de loucura, mas o sentido das coisas não faz sentido nenhum quando não me espelho em ti.
Saio do carro, o vento passa, leva consigo, um cigarro acende se na pressa alheia de uma chama que subsiste, ilumina, aquece, transporta para longe um pouco de sim respira se fumo que o ar pesa, o vento passa e leva consigo uma parte de mim, espero que para junto de nós.