Nos momentos mais calmos em que paramos a mente em olhos fechados, vendo em nós, somente nós, enquanto o sol sobe no céu, lento e brisculeante, com o seu toque selvagem de quem confere vida até a quem não pediu para viver. Não há mais nada no Universo...
As pequenas ervas dos campos, montes e vales, onde os pombos estivam novas formas de se falar, ligando o mundo a si mesmo, em eternas espirais interdependentes, o som dos espelhos da vida, reflectindo em si mesmo o nascer do mundo na natureza altiva. Não há mais nada no Universo...
Na cidade, onde no banco se sentam os velhos do Restelo, quando o dia acaba, lenta e friamente, sentidno gélidos no corpo, a ausência de um outro alguém que se sinta como nós, quando todos têm calor, todos alegram e manifestam os campos de verdade, nós estamos perante o banco, de costas, de reflexo para os espelhos, esperando nada mais senão o tempo. Não há mais nada no Universo...
Nem sempre esperamos da ordem, o caos que nos faz viver. Há tanto no universo que acontece sem o não, sem o sim dos velhos do jardim, da eterna misericórdia piedosa do povo, há tanto por aí que não nos falta ânimo para perseguir....