Passa o dia devagar, onde a luz renasce de manhã e nos faz esquecer o tempo, há coisas que não o têm, é tudo tão maior aqui, é tudo tão maior quando estás aqui, a pouco e pouco o jogo avança, o medo faz-nos sós, o tempo passa e não fugi, não fugiste, não está frio, a luz fica e tu também, e nos conformes da manhã que avança, onde tudo o que é meu e não sei largar, tudo o que é teu e não queres largar, vem, e deixa vir o que com a água vier, não haverá o último a cair, não se pode perder quando estamos a ganhar.
Em todo o tempo que julguei existir, não houve tempo algum que contasse até ao dia, pois tudo o que é meu, e teu, é nosso, não sei largar, não o sabes, rasga o escuro, deixa a chuva cair e lavar consigo o que dói, não se vai perder, quando finalmente encontraste o que julgavas não existir,
Baixa a luz, há brilho que chegue para termos caminho para a vida.