Enquanto os param nos bancos, sentados no conforto do seu sofá, contentes com descontentamento do mundo, outros correm, sem significado, sem ideias nem ideais, sem querer exaltar os céus ou amaciar a terra, correm porque acham que assim estão vivos, ´+e sinal se que são Homens, seres vivos, um rasto da veia de um passado que não querem exaltar, são artéria de um povo que tem tudo a provar e já nada está provado, correm apenas pelo sonho, correm apenas pela vida, correm apenas pelo amor, correm porque correr é estar vivo, sem dores, sem cambrias, sem medos, sem sequer baixar a cabeça para contar os passos, não importam os sapatos, a roupa, quem corre connosco, desde que parar seja morrer, não importa se nos interpõem muros, correremos adentro deles, quebrando tijolos, despindo mágoas, quebrando preconceitos, quebrando maldizeres e povos ignorantes,
Eu corro contra a ternura, corro contra o snobismo, corro contra o povo, corro contra os ideias,
Corro com ideias, corro com pessoas, corro com alma e com saudade, com vento, pelo mar,
Corro porque a correr estamos vivos,
A correr celebramos a liberdade,
independentemente do que ela significa para nós.
Viva Portugal, Viva a Vida, e vivam os que não se sentam e os que não se contentam.
Aqui diz-se quando ninguém deixa. Aqui manda-se vir sem os gajos ricos deixarem. Aqui fala-se... E fala-se... Por ser isso que nos mantém vivos
Balelas (ou não) da Rua
Nem tanto ao Mar, nem tanto à Terra
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Vagões
Toca ferro com ferro no árduo caminho da minha estrada, sob um céu cinzento e uma amargurada chuva que teima em beijar a minha face já molhada pelo passado que me incorre, nos olhos o reflexo da esquizofrenia de um carril que teima em não ser hirto na vicissitude, alguém que se irrompe do cais e manobra o comboio com a agilidade nula de uma criança ao ser feliz, Cumpre-se o destino de quem corre, o sapato de quem usa toca o chão e incorre em perigo ao nunca parar.
Os vagões correm e incorrem em erro, não são mais que um, um mero mero de um outro ser, são os parentes menos reconhecidos de um majestoso comboio que se ergue na população, imponente.
Neste céu cinzento o caminho continua-se a fazer caminhando e, enquanto o meu rosto reflectido na palidez de um vidro tosco, se ergue na madrugada, penso,
Sem vagões não há comboio que subsista.
Os vagões correm e incorrem em erro, não são mais que um, um mero mero de um outro ser, são os parentes menos reconhecidos de um majestoso comboio que se ergue na população, imponente.
Neste céu cinzento o caminho continua-se a fazer caminhando e, enquanto o meu rosto reflectido na palidez de um vidro tosco, se ergue na madrugada, penso,
Sem vagões não há comboio que subsista.
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