Quem não percebe silêncios, não conhece as palavras que me revestem de sentido, quero perder as vistas das cidades, descobrir o prazer do campo, sentir as migalhas da natureza elucidar me os olhos de mistérios naturais, ver as mudanças do tempo, sentir as estações no caminho, perder o fim, esquecer o começo, aplausos do mar à solidão dos homens, o afecto de um beijo sem o pecado da cidade, nem carros a andar, nem exaltações demais nos nossos olhos, o frio de estarmos onde há muito não nos sentimos, criar o mundo que eu prometi a mim mesmo, não adianta ignorar o mar,
Não vou medir palavras,
Quando este dia acontecer,
Não vou medir palavras,
não conseguirei esquecer
Aqui diz-se quando ninguém deixa. Aqui manda-se vir sem os gajos ricos deixarem. Aqui fala-se... E fala-se... Por ser isso que nos mantém vivos
Balelas (ou não) da Rua
Nem tanto ao Mar, nem tanto à Terra
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Nega
Nega as roupas que te obrigaram a vestir, despe te da humanidade que te incutiram, limpa os olhos com a maresia, grita de vez as palavras que não usas, cospe o dicionário, perde os fantasma que te carregam a scostas de peso, parte as molduras, termina os domínios,
Vai valer a pena, vai ter sentido,
Nega a alma que não te ousa medir, nega as pessoas que te medem, nega as estórias que te atormentam, nega as correntes de fascínio, Começa de Novo, nega a manhã e conta contigo, vai valer a pena e vai fazer sentido, não percas a luta, começa de novo e nega o que te basta e constrói o que te sobra
Vai valer a pena, vai ter sentido,
Nega a alma que não te ousa medir, nega as pessoas que te medem, nega as estórias que te atormentam, nega as correntes de fascínio, Começa de Novo, nega a manhã e conta contigo, vai valer a pena e vai fazer sentido, não percas a luta, começa de novo e nega o que te basta e constrói o que te sobra
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Toque de Midas
Entre as mãos se cria a distância e entre as palavras o silêncio, o não saber estar sem te poder olhar instala-se e o corpo ganha o formigueiro que se arrasta pelas pernas e nos sai pela boca sobre a forma de nada, vazio, parvoíces ou meros sons, nada faz sentido e tudo parece errado, vazio, não podes parar o tempo, podes tentar mas sabes que não vais conseguir, podes me tentar parar, mas o mundo roda, eu ando, o tempo passa, as mãos apartam-se, estamos perdidos no som dos tambores, ao som das tribos, sabendo que nada nos para, nem a voz dos Homens, nem o som dos pássaros, o movimento eterno do sol irá dizer que o Toque de Midas, aquele que transforma tudo em ouro poderá estar à distância de nada, Nunca saberemos, assim é o segredo do mundo, a alegria de sabermos sem nunca tentarmos ou a alegria de tentarmos sem nunca sabermos.
Caminho
Em cada passo do caminho pensarei em ti, no sorriso que me falta, na memória que me resta, no silêncio de nada te dizer, volto as costas não por não te querer ver mas numa tentativa de ver as memórias, memórias é tudo o que levo de ti, não chores, eu não chorarei, e eu irie sempre voltar a este lugar sabendo que já cá não estás mas na esperança de saber pelas rochas, ondas, flores ou ventos, que tiveste sorte, que há esperança, espero que elas te transmitam tudo porque eu irei sempre estar para lá das montanhas, em todos os vales, escondido no silêncio e apagado na escuridão, sabendo de ti como sempre soubeste de mim,
Pelo caminho, pela viagem, pela memória
Pelo caminho, pela viagem, pela memória
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