Balelas (ou não) da Rua

Nem tanto ao Mar, nem tanto à Terra

quarta-feira, 28 de março de 2012

Estranhos Como Eu



Não sei quem são os rostos que me fintam, mas os olhos não se cruzam, este mundo está cheio de coisas para descobrir, não pessoas que se envolvem nelas próprias, ciscunscritas aos seus pesadelos e hipocrisias, estes gestos fingidos, estas caras mal lavadas, fiquem por ai que o mundo não +e vosso,

Existe um novo mundo, vem, vamos mostrar este novo mundo, este novo, mais coisas, partes nossas, campos verdes, mar de ondas, ventos a oscilar os nossos cabelos, sentir a natureza, apenas isso, aprender o que elas nos ensina, sentir o bater das árvores como o coração dos que morrem,

O mundo não é dos rostos que se cruzam
Mas dos corações que se tocam,
O mundo é de estranhos como eu

Barcos À Foz



Esta estrela beija todos os barcos que se despedem deste Tejo de descobertas, ide para linge,, sabendo que a vossa casa, a vossa causa, está aqui, na terra dos homens, no tempo das guerras, não se faz humanidade lá longe, peço conforto a estes que se aventuram nos mares dos mortais, estes que sofrem pelos sinais, vão para longe sem daqui nunca sair,

Barcos Às cores, mergulhados no mundo inteiro pelo suor dos mares, beijados pela luz dos antepassados, Onde irão?, Aonde ao homem ainda não foi, Ao infinito do ser, ao tempo do mar

Anda Comigo


Nunca um segredo fora tão mal guardado, esta falta de sensibilidade para evitar dizer coisas constrangedoras é algo que transcende, sempre saiu o que não queria, o problema é que nem sempre foram as palavras o vector entre nós, um gesto que não percebeste, um pequeno toque de alma que não ligaste, um sorriso, sabes o que eu quero dizer, que me falte o ar senão foi verdade que te disse sempre tudo, mesmo que não o quisesse dizer,

Hoje, enquanto a mirabolante ideia de transmitir vectores que não palavras ou complexas equações matemáticas matriciais, digo-te em palavras que não são minhas, são de todos e de quem as quiser receber, anda a lua,

Anda Comigo Ver Aviões, sem ninguém, com o mundo
Só nós, com todos,
Na tranquilidade que nos falta, No espaço que nos sobraq

segunda-feira, 26 de março de 2012

Espaço Impossível



Entre todas as distâncias a pior é aquela que não se sente, apenas com o passar dos anos sentimos aquele vazio a crescer, lapidando a alma, sentindo que nós poderíamos ter feito a diferença, podíamos ter estendido a mão, um simples abraço, um grande silêncio que só os verdadeiros amigos apreciam, e, contudo, deixamos o tempo passar, vazio pelas andanças da eternidade, andando circunscrito na sua vaidade, as desculpas de falta de tempo, os olás que já não se arrastam, as meras conversas de conveniência, Olá, Tudo Bem?, e por ai ficamos, sem saber o quando sentimos por dentro, sem conceber que este Olá deveria ser mais, deveria ter a voz que só nós sabemos ter, aquele toque mágico que se ganha com o passar dos anos, quer sejam muitos ou intensos, aqueles eram nossos.

Deixei a voz pender nos murmúrios, arrependo-me, como em tudo do que não faço, não o façamos.

A nossa voz, a nossa alma, transparece em cada sorriso, em cada momento,

"Põe tudo quanto és no mínimo que fazes".

Nunca é tarde enquanto houver tempo!...