Balelas (ou não) da Rua

Nem tanto ao Mar, nem tanto à Terra

domingo, 12 de dezembro de 2010

Imortais - Displasia Existencial


Por momentos somos imortais e vemos o mundo pelos olhos de 2 crianças que apenas vêm. Apenas olhos, apenas, sentidos. E somos felizes. Apenas porque vemos o mar no horizonte, um barco onde podemos navegar por mares só nossos. Um rio inexistente que nos conduz a plenitude...

Que somos nós?
Quem sou eu? Onde estou e para onde vou?
Estragamos o momento quando pensamos na vida precária que estes seres que caminham aos pés de Alguém que de cima nos olha.

Esquecemos isto (ou não) e vivemos no pasmo existencial do momento, em pequenos/grandes solavancos que nos trazem momentos eufóricos e disfóricos sucedidos q quiçá simultâneos. Somos isto a anulação antagónica da existência meramente física. Somos o mundo concentrado um pequenos seres totipotentes.

Assim, às vezes somos felizes com os nossos sentidos (caeiro), outras pensamos e tememos o ultrapassar de uma linha demarcada pelo nosso próprio pensamento, somos medrosos (reis), outras de tantos pensarmos questionamos a nossa pópria existência e choramos por não conseguirmos APENAS aproveitar o momento lindo em que estamos (pessoa), e por último, queremos sentir tudo de todas as formas, ou abusando de susbtâncias ilícitas, ou simplesmente tacteando a existência do nosso espelho, até que nos apercebermos que tudo isto existe e tudo isto é nos alheio (álvaro).

Por fim, somos isto tudo e nada disto. Somos imortais dentro da nossa rasca mortalidade.
Sofremos de anomalias no que respeita ao eu, o que sou e o que faço aqui.
Somos imortais que morrem com displasia existencial.

Fica uma música em cima que pode dizer tudo ou nada dizer consoantes o grau displástico que cada um de nós tem.

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