Balelas (ou não) da Rua

Nem tanto ao Mar, nem tanto à Terra

domingo, 13 de novembro de 2011

Eclipse


Se perdermos a lua na nossa noite, desenharemos uma nova que extravase as pinturas de Van Gogh,
Se os nossos olhos se fecharem por um segundo recordaremos sempre o momento em que estes espelharam o que sempre fomos,
Se o mundo parar um instante de girar, um suspiro de cansaço se atravessar na nossa frente, avançaremos hirtos de solidão,
Se nunca formos o que somos seremos sempre o que desejamos ser,
Se perdermos todos os se,

Vira-te, esta noite é nossa, este infinito é pouco, as nossas mãos são mais que o mundo, o errado está certo, a noite brilha, não sei o que fazemos, mas a noite é nossa,
O que começar, é nosso.

Agora, acorda, eclipse...

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