Poda dizer que parti, para novos lugares sem nome, numa vila sem pessoas e numa casa sem paredes, nova morada no mundo, minha, solitária, sem flores, com mar, uma nova madrugada quente. Mas não.
Podia pedir-te para não ires, ficares, ser injusto para com o mundo, num egoísmo que nem me é de direito, os nossos caminhos afastam-se e cruzam-se, esperando sempre voltar a ter-te um dia mais tarde, um segundo mais cedo.
Ir e vir. Partir e voltar. Sonhar e viver. Há rios demais no mesmo chão.
Até lá silêncio, a liberdade é minha e amanhã será um novo dia,
Hoje, fecho as janelas, junto o meu café e espero,
embalo-me na música que não oiço, nos lugares que não vi,
Não hoje não estou. parti para lugares que não existem.
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