Balelas (ou não) da Rua

Nem tanto ao Mar, nem tanto à Terra

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Off

Faz sol, não como daqueles de verão que nos enchem o corpo de forças, regenerando a alma de novas formas de ver, conseguindo levar coragem para novos dias, o sol daqui é frio, desagradável, ilusórios, dá-nos uma certa expectativa de iluminação interna, de um abraço reconfortante perante a adversidade, e nós vamos, iludidos com erradas expectativas. Está frio, lá fora e cá dentro. Ausência.
Poda dizer que parti, para novos lugares sem nome, numa vila sem pessoas e numa casa sem paredes, nova morada no mundo, minha, solitária, sem flores, com mar, uma nova madrugada quente. Mas não.
Podia pedir-te para não ires, ficares, ser injusto para com o mundo, num egoísmo que nem me é de direito, os nossos caminhos afastam-se e cruzam-se, esperando sempre voltar a ter-te um dia mais tarde, um segundo mais cedo.
Ir e vir. Partir e voltar. Sonhar e viver. Há rios demais no mesmo chão. 

Até lá silêncio, a liberdade é minha e amanhã será um novo dia,
Hoje, fecho as janelas, junto o meu café e espero,
embalo-me na música que não oiço, nos lugares que não vi,
Não hoje não estou. parti para lugares que não existem.

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