Toca ferro com ferro no árduo caminho da minha estrada, sob um céu cinzento e uma amargurada chuva que teima em beijar a minha face já molhada pelo passado que me incorre, nos olhos o reflexo da esquizofrenia de um carril que teima em não ser hirto na vicissitude, alguém que se irrompe do cais e manobra o comboio com a agilidade nula de uma criança ao ser feliz, Cumpre-se o destino de quem corre, o sapato de quem usa toca o chão e incorre em perigo ao nunca parar.
Os vagões correm e incorrem em erro, não são mais que um, um mero mero de um outro ser, são os parentes menos reconhecidos de um majestoso comboio que se ergue na população, imponente.
Neste céu cinzento o caminho continua-se a fazer caminhando e, enquanto o meu rosto reflectido na palidez de um vidro tosco, se ergue na madrugada, penso,
Sem vagões não há comboio que subsista.
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