Balelas (ou não) da Rua

Nem tanto ao Mar, nem tanto à Terra

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Fim

Chegámos ao fim, temos um percurso que prova que lutámos e que tudo fizemos por ser mais, maiores, mais fortes e melhores, há cicatrizes que nos traçam no corpo rastos das memórias de guerras perdidas.
Sustém a respiração e sente o movimento da derrota a arder no coração, outra vez, este é o fim, não há espaço além deste tempo, arrasto o corpo até este momento vazio, lento, em fragmento que não reconheço.

Rouba o que há de mim, e leva ao céu, fica comigo enquanto o abismo nos cerra na escuridão, enquanto caímos leves, eternos suaves, e sentimos, nas costas o mundo e na fac o toque de quem nos quer.
Deixa o céu cair, à velocidade da luz, desfazendo as particular de ar, enquanto colidem comigo e me afastam de mais.

Podes guardar o nome mas não ficas com o que de meu não me resta.

Enfrentámos tanto juntos, e aqui cai o céu até uma nova madrugada.
Põe a tua mão na minha testa e sente a febre eterna de lutar por algo maior. Mesmo que o céu caia e o abismo nos cerre, enquanto houver ar e enquanto surgir tempo, haverá espaço para novos dias melhores.

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