Não dava o meu reino por um cavalo, não que tenha um reino imenso de frutos variados, com terras altas e mares novos. Não que exista pasto farto, casas bonitas e gente bem disposta. Nem é terra fértil em demasia, nem é solarenga em especial.
O meu reino tem a divina particularidade de ser meu, com o fado de mentir que já não se é novo. Tem o riso aberto e um pesado conhecimento, uma vida em movimento, sem tempo, aliada ao movimento eterno da humanidade fecunda. Vamos andando pela vida neste reino, com o que aqui há, com o que aqui se pode dar.
Não dava o meu reino por um cavalo, não se precisa de ir longe quando quem se quer está sempre perto, à distância de um gesto mesmo que este nunca se toque, nunca se encontre.
Somos os nossos gestos, somos os nossos valores e os nossos reinos não se trocam por cavalos. Porquê ir, quando é tão bom ficar,,,,
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