Balelas (ou não) da Rua

Nem tanto ao Mar, nem tanto à Terra

segunda-feira, 4 de março de 2013

Alto

Longe lá no alto, queria mais altas as estrelas, maior o tempo, mais criador quem me fez, o fogo mais quente e o mar mais revolto, mais azul, com mais cavernas, com mais beleza onde nos podéssemos perder, com almas mais abertas, mais montanhas e pássaros, mais sangue perdido nos caminhos da conquista.

Ainda mais alto, abrir os abraços, cair o vento na face, seda, sentir leve o tempo a queimar as ondas da minha pele, mais alto, mais alto que não cansa mais, não nos perdemos mais, não somos mais perto dos outros por queremos estar longe de nós.

Acaba a tarefa alto, um dia mais contente, serenamente como uma criança, em paz com a dor como quem dorme no berço uma criança perdida nas valas do sono.

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