Sinto-me tentado a usurpar da sua opinião e conjurar um ritmo comum de necessidade que embora extrínseca se leveda na alma e se cospe pelos sentidos numa conjectura incessante de vozes ao silêncio.
Não no longe onde se aparta o barulho, onde as árvores crescem hirtas à força dos ventos do norte, onde o mar reluz o sol numa panóplia azul de tons infinitos, nossos, Não lá onde podemos não nos encontrar, onde não nos conseguiremos perder mais longe, não lá.
Não aqui, onde a cidade nos embraça que nem útero nefasto à propagação humana, veneno circundante de uma cidade morta de gente viva, em mero embaraço de actividades, no trânsito, no trabalho, correndo sem correr pois correr é desejar o infinito é querer estar noutro sítio, não noutra morte.
Sabemos então que não é no sítio onde nos virmos mas nos olhos onde nos perdemos que reside a tortura do infinito.
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