Olhos nos olhos, na distância, está frio, cada vez mais, longe, nos outros dias que a memória guarda, onde ainda restam os sons de onde nascemos, o lago que nunca vimos, a primeira viagem, o primeiro sorriso triste, Não te preocupes, o primeiro tocar de mãos, e um rasto impreciso de quem não se quer deixar seguir, de quem se quer deixar no tempo, guardado numa pequena caixa de memórias, fechada, secreta, donde um dia nasceu um novo ser, somos novos, sem idade se juntos, sem tempo se fora do tempo nos separamos, Não te preocupes, tudo muda mas tudo fica igual, há um plano para, para, para nunca saber parar.
Não te preocupes, no limite do céu, és a terra donde se nasce.
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