Balelas (ou não) da Rua

Nem tanto ao Mar, nem tanto à Terra

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O génio em Caeiro



Deparei-me com as frases mais simplificadamente complexas no estudo de Alberto Caeiro.
Como a qualquer génio coloca-se a questão...
Serão as suas criações poéticas e frásicas fruto do acaso ou de uma imensa virtualidade anímica desmaterializada?

Deleitem-se, com a capacidade de filosofar não filosofando:

Para além da realidade imediata não há nada

Nada pensa nada

Pensar é estar doente dos olhos e Pensar incomoda como andar à chuva

As coisas não têm significado, têm existência

Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la , comer um fruto é saber-lhe o sentido

É lindo...
Um cinismo puro, incomodativo, para os obcecados da metafísica. Convidam-se os Homens modernos a viver segundo esta vontade descomprometida.

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