Abraça me e esquece as caravelas que estão no mar, apaga do teu sentido o amor que mata e que moí, põe em cada onde um espirito suficientemente leve para nos levar ao céu num unico suspiro, num único toque.
Abraça me como se hoje o mundo se findasse e tudo o que nos e próprio e este momento, único, só e só nosso, de mais ninguém, unidos até que os ventos do inferno apague, esta vil terra que outrora foi luz.
Abraça me para que a saudade de nao nos termos nos fira até ao termo do universo que, como nos, nao tem termo nenhum, e eterno, e longínquo e vasto, embora sozinho, embora escuro, embora estejamos lá e nunca soubemos que alguma fez por lá passamos, juntos e abraçados a espera quedo mundo surtisse luz.
Nem uma palavra se houve enquanto o fogo se ergue sobre as chamas do mar, Antes que o sol se vá, antes que os pássaros deixem se voar, também te direi adeus, como estrela que se despede do céu, como terra que mata as arvores, como céu que oculta a penumbra, sabia o que sao palavras. Antes que o mar se cerre e o ar nos cegue, cairás nos meus olhos uma ultima vez, um recorte magnético e girto do que és e serás sempre, um rosto onde o meu se espelha e um momento onde o meu se torna infinito. Tudo secreto, tudo tão nosso.
Abraça me e se o mundo terminar larga me, encontraremos em outros tempos, outras formas de sermos juntos.
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