Balelas (ou não) da Rua

Nem tanto ao Mar, nem tanto à Terra

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Patria

Patria nao e onde os meus olhos se deitam e onde respiro este bafo quente de uma cidade suja, nao de carros, nao de fabricas, de gente, de fartos andantes de ignorância geral, de leques variados de ostrozidades babulacionantes que enxergam em si mesmos os desejam mais sórdidos de escuridão, apenas falta de luz, quando o sol brilha tanto, tão alto.

Queria que todos mostrassem coragem de um dia, de cada vez, a cada ritmo, ser mais e ser melhor, lutar para que seremos mais, que nos estamos juntos, que nos vamos lutar, estamos aqui até ao fim, na nossa pátria por muito apátrida que seja, há um lar e um vago ritmo so nosso que pretendemos conservar.

Em cada ritmo uma voz e um sentido, um vai e vem infinito de sensações que se expressa numa valorosa e lenta sensação de bem estar, de dever cumprido, de saúde viva e um sentimento áspero de estarmos longe de nos, quando simplesmente nos existimos.

Se nos olharmos hoje ao espelho perdemos tanto, tanta vontade, tanta luta, tanto ar que nos transpira apara fora da atmosfera, um vazio inócuo de espaço, um tempo perdido em cada rugosidade ondulante que nos preenche a pele, como se facadas pequenas nos fossem dadas pelo tempo, cortando devagar, sordidamente, uma lamina afiada, cinzena e húmida, rasgando a carne sem sangue, estamos mais rotos do que parecemos.

Somos a inspiração que faz do mundo um ligar, nao melhor nem pior, so um lugar, além do vazio, além do nao estar e nao pertencer a nada

Pertencemos a nossa própria, sempre e todos os dias, de hoje a te ao fim, pertencemos a nossa pátria, qualquer que ela seja.

Da minha pátria fico o desejo de lutar e o espaço de ousar por tempos que nao este.

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