Balelas (ou não) da Rua

Nem tanto ao Mar, nem tanto à Terra

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A Viagem do Elefante Parte I


Todos partimos sem saber de onde, para atravessar estradas que desconhecemos e chegar ao lugar a que chamamos estranho. Somos um elefante, cada um com a sua carga. Somos um elefante, mudo às ordens de quem manda. Somos homem, porque não sabemos o nosso papel e rasgamos o do destino.
Sei que parti da minha vida, espero um dia atravessar a tua e chegar ao deconhecido que se chama felicidade/harmonia.
A Nossa Maior Virtude é o Silêncio, por isso não nos devemos calar, por isso o silêncio é a arma com que subterramos os inimigos mais tenebrosos. É com ele que expressamos amor, ódio, tédio, calma, ira, silêncio.

Faz-se silêncio quando os olhos se tocam e as almas se tornam uma miscelânea de pensamentos. Faz-se silêncio quando a voz ocupa o lugar que os sentimentos impôem.
Faz-se silêncio se a voz é mais fraca que o momento.
Por isso me calo esporadicamente.

Somos um todo incomensuravel, somos um todo do mesmo saco, um todo paralelo.
'Somos dois caminhos paralelos, andamos pela vida lado a lado. Loucos que nós somos, doidos que nós fomos'

É bonita a simpatia que pomos no desconhecido. Pus naquela voz rouca a inspiração de uma sala cheia de nada. Foi aquela voz que me fez passar da figura rosa no estrado imposta, para o mundo imaginativo que és tu.

Será que nos conhecemos?
Não me interessa. Sei quem tu és e para mim basta.
És um todo global de alma, sentimentos, inteligência e virtude.

Um dia levo uma pessoa à lua. Dela puderemos ver a podridão daquilo que para trás deixámos e que não edificámos. O mundo é nosso... Todos os outros estão em fase de negação.
Tens a totipotência existencial de te desdobrares na vida que queres. Fico sem palavras, ficando fracas as poucas que escrevo sobre a fortaleza que tu és.

"Levar-te à boca,
Beber a água
Mais funda do teu ser -
se a luz é tanta,
como se pode morrer?"
EA

Há coisas eternas e espero que a criação metafisica da nossa existência comum seja uma eternidade, de tão grande tamanho, que chame o infinito de mon infant.

O mundo gira com o calor de duas almas humanas que de tanto se gostarem, simpaticamente se afastam para pólos opostos da mesma existência.
Assim gira o mundo de todos nós. Pelo afastamento nazi que impomos. Pela aproximação nazi que se impoem.

Se feliz! Desde um certo momento a que posso chamar existência, Nunca Mais nos Vimos e Para Sempre nos Olhámos.


De Ti Muito Gosto
Ao Paralelo a que chamo Sensivel

Sem comentários:

Enviar um comentário