Balelas (ou não) da Rua

Nem tanto ao Mar, nem tanto à Terra

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Tudo Isto Existe



Recordando as tuas letras em sitio alheio, tudo isto existe.
Há muito espaço no espaço e pouco tempo no tempo e isso enfurece os sentidos angustuiados por verem a vida à distância de um universo por um vidro fosco que detorce o que vimos. Será real o que vejo? Não vejo sequer. Vejo o que não quero e receio o que não asseguro. E tu também...penso....

"Acordar em dias seguintes e contíguos unidos apenas pelo tempo, que não existe, e pelo espaço que se vê obrigado a existir,não existindo: é crime."
O tempo une aquilo que receamos desunir. Se queremos algo devemos ignorar o tempo e viver o presente. O tempo é nada e é tudo. Eu prefiro o nada ao tudo de não ter tempo. O espaço é a tortura das almas que se anseiam, é o movimento em falso: pudemos sentir nossas mãos e estarmos mais longe que os infinitos; ou pudemos nunca nos tocar e nossas almas dançar a valsa. É assim o mundo desassossegado.

Prefiro que acordes mesmo que o amanhã nada de novo te traga. Assim asseguro que estamos lá para a eterna novidade do mundo. Quiçá um dia acordamos e o nosso mundo ganha significado. Que seria ficar a dormir no dia da nossa epifania?
O acordar é o despertar para a vida.

Eu vou continuar a falar e em ti provocar o acto de fala, desejando viver isto freneticamente. Isto que até existe.

Tudo isto existe, Tudo isto é triste, Tudo isto é fado. Destino?!...

Que dizes o acordar conjunto para a eterna novidade do mundo?
Ou preferes parar o tempo e com o tempo parar o mundo?

Sem comentários:

Enviar um comentário