Balelas (ou não) da Rua

Nem tanto ao Mar, nem tanto à Terra

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Raiva


Tudo em nós é raiva, é ira é revolta guardada em caixinhas.
Nunca pensei que se acumulasse tanta raiva.

"Raiva é um sentimento de protesto, insegurança, timidez ou frustração, contra alguém ou alguma coisa, que se exterioriza quando o ego sente-se ferido ou ameaçado. A intensidade da raiva, ou a sua ausência, difere entre as pessoas. Joanna de Ângelis[1] aponta o desenvolvimento moral e psicológico do indivíduo como determinante na maneira como a raiva é exteriorizada."

Raiva com o mundo.
Raiva com a incapacidade de coordenar movimentos.
Raiva com a minha impassibilidade nirvânica perante o mundo máximo logarítmico.
Raiva contra as outras personagens em automóveis.
Raiva contra a máquina do café que não funciona.
Raiva contra as minhas mãos que não responderam às minhas ordens.
Raiva contra a rede que se intromete entre o ser, o ter; o estar e o sentir.
Raiva contra a falta de domínio existencial.
Enfim, que somos nós senão pequenas raivas numa grande ira a que se chama sociedade.

Há de passar e há de vir a harmonia instalar-se.
Ou não...
[Esperemos que sim, certo?]

Sem comentários:

Enviar um comentário